A vida tem andado forte demais nesses dias.
A verdade está tão intensa e explícita que é impossível para mim deixar de vê-la em todos os lugares, mesmo entre a rotina e o marasmo.
Às vezes estou ali jogado no sofá, entediado e uma olhadinha pela janela me faz saltar acrobaticamente, UAU! Caras, é impossível se esconder depois que ela te olha nos olhos.
Mesmo com todas as logomarcas, todas as drogas, o sexo e essas merdas intoxicantes, depois que você tem um vislumbre do que é verdadeiro nada mais te basta.
Tenho ficado tão lúcido ultimamente, que penso que estou prestes a enlouquecer e isso é empolgante pois seria demais endoidar de vez e sair por aí pregando a liberdade, amando todo mundo e mandando ver no Dharma.
Estava dia desses falando coisas aleatórias com o Betinho e a verdade ficava ali, dando pequenos pulinhos das nossas bocas, e por mais que ríssemos e inventássemos piadas, ela sempre nos surpreendia, brincando de esconde-esconde entre labirintos Escherianos, metaforicamente falando. E era impossível não falar a verdade. Não essa coisa de “ fui eu quem peidou”, mas a verdade mesmo, aquela coisa profunda e que fomos condicionados a temer, como se a Prisão de Ferro Negra ainda existisse.
Tenho tido tantas coisas pra contar que acabei ficando meio sumido, idéias demais.
Palavras de menos.
E as palavras sempre me decepcionam, pois por mais que eu fale, e eu falo bastante quando tenho vontade, nunca consigo exprimir exatamente aquilo que está aqui na minha cabeça, martelando, tirando meu sono, e as vezes chego tão perto que acabo por me esquecer do que estava falando e fico ali parado com cara de loução e todo mundo ri, e eu rio também é claro, fazer o que?
Mas eu vou contar todas essas coisas bacanas pra vocês, por Deus que vou.
E podem me chamar de louco, paranóico ocultista, santo beberrão, vagabundo iluminado, tanto faz.
Foi só a verdade que eu conheci, e ela me libertou!